segunda-feira, 2 de setembro de 2019

Terapia Poética

Catalogando versos de ressentimento
o poeta jorra o sentimento na folha
a tirar do coração a rolha 
que por sóis e luas tamparam-no o alento.

Não há tinta de caneta que suporte
tantos registros de amargura e tormento,
de um coração num sofrimento
mais arrebatador que a própria morte!

Não dorme à noite ao abrir os olhos da alma
e, em minúcias e sarcasmos, revela o trauma,
pois, quando o coração está cheio, transborda

Lágrimas da desilusão que recorda.
Em murmúrios de desabafo acalma a alma,
e poeta, vezes triste, vezes alegre, vivalma!

Daniel Lima

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